quinta-feira, 28 de março de 2013

CDB em corretoras? Tô fora!



Parece que agora é definitivo: quem aplica em CDBs através de corretoras não vão ter acesso aos recursos garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) no caso da quebra dos bancos emissores .

Por essas e outras que continuo recomendando o mesmo do post GESTÃO PATRIMONIAL"a Renda fixa do portfólio de investimentos deve estar 100% em títulos do Tesouro".


A grana de curto prazo da reserva emergencial, ou aquela que ainda não foi rebalanceada para o portfólio de investimentos, deixo em CDBs de bancos de primeira linha. Falando em português claro, dos privados só confiaria em Itaú e Bradesco, mas ainda prefiro os estatais Caixa e Banco do Brasil.
Nem precisa ser uma fortuna pra conseguir as mesmas taxas que as corretoras oferecem com risco muito menor e ainda contar com a segurança do FGC. Com R$100 mil já dá pra negociar retornos maiores que 100% do CDI.


Afinal de contas, porque levar sua Renda Fixa pra um lugar especializado em Renda Variável?

1) Pra agradar seu corretor, ser melhor atendido e/ou conseguir corretagens menores?
2) Pra se sentir o fodão lá dentro e virar cliente Wealth?
3) Para conseguir taxas de aplicação melhores?
4) Pra utilizar como margem nas suas operações DT alavancadas?

Se respondeu 1,2 e/ou 3...
O RISCO NÃO COMPENSA uma rentabilidade um pouco maior, ou uma lambida no saco um pouco melhor...

Se também respondeu 4...
Temo por seu dinheiro, sua saúde e sua família...
NÃO CONFUNDA PATRIMÔNIO COM CAPITAL ALOCADO A RISCO !!!!!


Estamos na época em que os cristãos pensam no Renascimento...
...ainda dá tempo! Estude bastante outra filosofia de investimentos que dê mais atenção ao risco... com bastante consistência em 3-4 anos dá pra recuperar...


SDS e boa Páscoa!



Na íntegra:

"São Paulo - O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) não está pagando os CDBs emitidos pelo Banco BVA que foram vendidos pelas corretoras aos seus clientes. Reportagem da Folha de S. Paulo de ontem revela que 2 mil clientes não teriam recebido os valores até R$ 70 mil garantidos pelo fundo.
A desculpa era que os CDBs não haviam sido registrados na Cetip. Mas corretoras que registraram os papéis também não conseguiram o pagamento dos valores ainda. “Temos um CDB de R$ 60 mil que não foi pago ainda e não temos previsão”, diz o diretor de uma corretora, que pediu para não ser citado.
No BVA, as atendentes explicam que os CDBs vendidos por corretoras não estão sendo pagos, sem vincular isso ao registro ou não na Cetip. E dizem não haver previsão de quando isso deverá ocorrer.
Os investidores que aplicaram diretamente no banco já começaram a ser ressarcidos de suas aplicações. Os pagamentos para os investidores na cidade de São Paulo começaram no dia 4 de março.

O BVA está sob intervenção do Banco Central desde outubro e pode ser liquidado caso as negociações com um de seus maiores credores, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono do grupo Caoa, para compra da instituição, não avancem.
A venda de CDBs via corretoras está crescendo no mercado, como forma de diversificação dos negócios dessas instituições, já que o mercado acionário continua ruim. Ao mesmo tempo, o sistema amplia a rede de distribuição dos pequenos bancos, que conseguem oferecer CDBs com taxas mais altas dentro do valor garantido pelo FGC.
O interesse dos bancos menores nesse sistema é tão grande que a Associação Brasileira dos Bancos (ABBC) está negociando um acordo com Cetip e BMFBovespa para desenvolverem plataformas de renda fixa para facilitar o acesso de pessoas físicas a CDBs e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) por meio de corretoras e distribuidoras.
A demora no pagamento desses papéis, porém, coloca em dúvida a segurança desse sistema de aplicação.
De qualquer maneira, o investidor deve exigir que o CDB comprado em corretora seja registrado na Cetip como garantia.
Procurados, representantes dos interventores do Banco Central no BVA alegaram que quem tem de dar explicações sobre os CDBs do banco é o FGC. Já o FGC não respondeu aos pedidos de entrevista."


12 comentários:

  1. Perfeito TPQ!

    Apliquei em uma LCI do Banco BVA ano passado pra NUNCA MAIS!!! A LCI venceu em dezembro de 2011 e até hoje não vi a cor do meu dinheiro. Renda fixa pra mim agora se restringe a TD.

    Abraço

    ResponderExcluir
  2. Eu sou um que está com grana presa na XP por conta disso. Mas em ocasiões anteriores( Panamericano e Cruzeiro do Sul ) o pagamento saiu rápido. Esse caso do BVA é que tá foda. De qq forma serviu pra ver que a diferença ridícula de rentabilidade não compensa o amadorismo dessas instituições. Aliás eu tinha renda fixa em fundos e debentures na XP e por conta desse episódio já está decidido: Vou tirar tudo! e passar pra poupança/CDB em bancos grandes. Eles sabem comprar e vender ações e olhe lá!

    ResponderExcluir
  3. Mas acho q a corretora ou FGC tem q pagar e se corretora quebrar garantem até 70000...problema e a burocracia e falta de fiscalização na lei...maior marca do Pais....

    ResponderExcluir
  4. Porra véi, tá querendo espalhar pânico, caralho?! Dê uma lida no texto abaixo, extraído da Arena do Pavini :
    Os CDBs emitidos pelo banco BVA vendidos por meio de corretoras devem ser pagos por volta do dia 15 de abril, segundo Celso Antunes da Costa, diretor do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O BVA está sob intervenção do Banco Central (BC) desde outubro do ano passado e os CDBs vendidos diretamente pela instituição já começaram a ser pagos, dentro do valor garantido pelo FGC, de até R$ 70 mil por CPF. Já os CDBs vendidos por corretoras ainda aguardam o pagamento.
    Processo de identificação lento
    Costa explicou que os papéis vendidos por corretoras não foram pagos porque o processo de identificação dos investidores e a checagem dos valores que devem receber do FGC é mais lento. “Como os papéis são negociados pela corretora, o banco desconhece a existência do cliente final”, explica.
    Por isso, para que o banco em liquidação ou intervenção providencie a confirmação da legitimidade do crédito, ele precisa antes receber da corretora a relação de todos os clientes que compraram os papéis, as respectivas notas de negociação, a confirmação dos valores exatos e a habilitação do credor na massa falida relativa à diferença entre o valor do CDB e o que é garantido pelo FGC nos casos em que a quantia supera os R$ 70 mil. É preciso também emitir um Termo de Cessão, no qual o cliente recebe o crédito e o cede para o FGC.

    ResponderExcluir
  5. Pânico não, to querendo espalhar realidade...
    Olhe os comentários dos colegas confirmando essa realidade.

    Pra que ficar neste stress? Pra que correr esse risco?
    Antes dele quebrar eu nunca havia ouvido falar deste banco...

    Obrigado pela participação de todos.

    SDS

    ResponderExcluir
  6. Interessante é que dias atrás eu estava pensando em investir em LCI pela corretora e pesquisando sobre como se dá essa intermediação entre o cliente e o banco vi algumas reclamações, inclusive algumas pessoas alegavam que a LCI ficava em nome da corretora (o que não sei se é verdade) apesar de outros alegarem que era registrada da CETIP.
    Enfim, pensando no risco e nos problemas e complexidade que isso pode me gerar, acho que vou ficar no TD mesmo...
    Parabéns pelo blog...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu anônimo!

      É essa "nebulosidade" em torno de quem é o titular que sempre me preocupou. No final pode até dar tudo certo, mas como disse antes, o stress e o risco não valem a pena.

      Já nos TD comprando pelo site oficial e indicando sua corretora como custodiante o processo todo fica bem mais transparente. Mas aí volto às perguntas lá em cima... Pra que? Também acho desnecessário e não troco meu BB por nada! (espero que minha assessora não me leia isso...rs).

      SDS

      SDS

      Excluir
  7. Rocky, pelo menos o do BVA será pago sim

    O Fundo Garantidor de Crédito - FGC dará início ao pagamento dos investidores que compraram títulos (CDBs e LCIs) do Banco BVA, através de corretoras de valores, até o limite de 70 mil reais, conforme publicado no site da instituição.

    Os pagamentos serão efetuados por intermédio de agências específicas do Banco Bradesco do dia 15/04/2013 a 05/07/2013. A divisão das agências foi feita baseada (i) na cidade em que o investidor reside (conforme dados constante Ficha Cadastral da XP) e (ii) no nome do investidor. Para identificar a agência na qual o cliente que você atende deverá comparecer, você deverá consultar os editais em anexo (são 3 no total, um para a cidade de São Paulo, outro para a cidade do Rio e outro para as demais cidades). A informação também está disponível no site do FGC, em www.fgc.org.br.

    Abraço.

    Nelson Derencius

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Blz! Obrigado pela informação.
      Bom para os investidores e o sistema financeiro como um todo.
      Mas como disse, pra mim não vale o stress.

      SDS

      Excluir
  8. Salve Rocky!
    Obrigado pelo alerta, mas infelizmente eu precisei sentir na pele pra aprender. Agora só resta repetir a frase do seu post pra ninguém esquecer:
    CDBs EM CORRETORAS: TÔ FORA!

    E ainda tem neguinho de corretora defendendo! E um doido falando em pânico! Quanta ignorância! Realmente não vale o stress. Estou na mesma situação do colega que fez este post na LS que replico abaixo.

    Abs

    João Maia

    "BANCO VA - FGC = PEGA TROUXA por Lubara

    Caros amigos da LS,

    Hoje senti-me lesado ao receber o dinheiro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) referente a investimento feito em LCI no Banco BVA.

    O valor foi ajustado até o dia 19/10/2012 e só foi pago hoje, ou seja, quase 6 meses depois, sem qualquer reajuste. O detalhe é que em lugar algum isto fica claro no site do FGC . Você simplesmente não sabe quanto e quando vai receber de volta.

    Meu raciocínio sobre sentir-me lesado é o seguinte: uma Letra de Crédito Imobiliário tem como lastro empréstimos imobiliários feitos com o dinheiro captado. Tais empréstimos não foram perdoados com a quebra do Banco, ou seja, os devedores terão que honrá-los de acordo com o contrato, só que o Fundo Garantidor de Crédito ficará com o capital e juros destes empréstimos e mais a correção e juros que deixaram de pagar a mim no período de 6 meses, ganhando dos dois lados.

    O agravante é que para poder receber o meu dinheiro de volta houve necessidade de assinar um documento abrindo mão de qualquer reclamação posterior.

    Esse é mais um capítulo do ambiente de falta de credibilidade e transparência que há no mercado investidor. Talvez isso ajude a demonstrar porque o Brasil já deixou de ser a "bola de vez". O bonde já está passando.

    Abraço"

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É isso mesmo João! Não compensa.
      Eu também senti na pele alguns anos atras, e gato escaldado tem medo até de água fria...
      Seguimos vivendo e aprendendo e compartilhando o conhecimento e experiências com os colegas. Obrigado pela participação.

      SDS

      Excluir
  9. Uma boa notícia relacionada:
    O valor garantido aumentou 257%.
    http://www.infomoney.com.br/onde-investir/renda-fixa/noticia/2761493/garantia-fgc-passa-mil-para-250-mil

    SDS

    ResponderExcluir