quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O MELHOR TRADE DA MINHA VIDA


Durante muito tempo fiz trades pelo gráfico semanal, os chamados POSITION TRADES.
Deixei esse método ao perceber que a carteira também não desenvolvia como desejava.
A rentabilidade não é tão boa como falavam nos cursos, quando o trade dá certo nos empolgamos bastante com o resultado final, mas como são trades longos... quando mensalizamos o lucro relativo... que decepção!

O exemplo abaixo diz tudo, foi um trade real que fiz, o melhor trade da minha vida:



- VIVO4
- manejo de risco deixou colocar 1/3 do capital de bolsa
- entrada: 13/09/2010 pela MME9 no semanal em 45,85
- realizações parciais (RP)
   - RP1 no ponto de alijar o risco em 48,75 = 6,3% de lucro
   - RP2 em 63,50 em 11/05/2011 = 38,5% de lucro

- resultado pra contar no bar e nos foruns de AT: 38,5% de lucro (uau!!!)
- resultado real na carteira:
   (RP1 + RP2) /2 = 22,4% de média /240 dias x 30 dias = 2,8% ao mês
   x 1/3 do capital = 0,93% ao mês ... (vixe!)







   
Poxa: o melhor trade da minha vida, de 38,5%, resultou em 0,93% ao mês??? Tem alguma coisa errada aí... Como investidor conseguia mais que isso! E ainda recebia dividendos!
E se o outro 1/3 do capital for empregado em um trade estopado? E o outro no 0 x 0?
... Prejuízo!

Ainda que esse trade foi realizado em uma época bastante direcional para cima. E nem assim a carteira deslanchou. Fiquei com a sensação que os Position trades só vão funcionar em mercados extremamente direcionais de alta como 2009 e 2003.
E se o trader só tiver duas opções: swingtrades curtos ou Position, prefiro os swings curtos.
A única vantagem do Position é o baixo custo operacional.

Novamente: se for pra ficar patinando pra só acelerar quando o mercado ficar direcional não compensa. Porque qualquer método vai dar bons lucros com o mercado direcional.

sds

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6 comentários:

  1. O colega trader PCosta levantou por e-mail um assunto interessante, comparar esses trades que parecem ser espetaculares com um "benchmark", que pode ser o CDI ou o IBOV no mesmo período do trade. Assim poderíamos ter uma idéia melhor de como esses trades longos são PURA ILUSÃO, segundo suas palavras. A carteira EFICIENTE teria subido junto segundo ele.

    Respondo: a idéia é essa mesma Pedro. Vou tentar fazer um estudo e publicar aqui, alguém quer ajudar?

    * Pedro: na próxima vez comente pelo blog, não tenha vergonha!...rs
    Obrigado pela contribuição.

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    1. As vezes tenho esta dúvida também Rock.

      Mas sabe qual a preocupação?

      Como reagir quando em nossa carteira, temos um ativo que deu uma apodrecida?
      Qual seria o plano para abandoná-lo?

      Exemplos recentes de empresas que eram consideradas boas há alguns anos atrás:
      CSNA3, USIM5, GFSA3,
      Outras: Se vc coloca na cesta um ativo como BTOW3, POSI3, GOLL4.

      Como sair?

      Eu tenho um estudo legal com vários ativos ao qual seria como se fosse uma carteira. Porém com um parâmetro gráfico para sair, caso a coisa ficasse ruim.

      Todos os estudos iniciando com um capital de R$10.000,00 lá em 2001.

      Gostaria de saber sua opinião.

      É o tema da saída de um ativo que me preocupa.

      Ótimos debates em seu blog.

      Leandro Garcia.

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    2. Oi Leandro! Bom que esteja sendo útil pra você também.

      Este tema que você levantou é muito importante e complexo. Eu também estou sempre cheio de dúvidas.

      Os critérios de saída fundamentalista normalmente quando ocorrem, estariam dando o sinal justamente após as cotações despencarem. Muito provavelmente porque os "big players" já projetavam os resultados ruins e já despejaram suas posições antes de nós. Não necessariamente por informação privilegiada mas por terem capacidade analítica muito melhor.

      Pegando alguns exemplos pra ficar mais didático:
      - Usiminas, Gerdau e Csna eu vinha acumulando desde 2000/2001. Pagava consultoria pra me ajudar na seleção. No final de 2007 recebi um relatório que previa anos difíceis pela frente por causa do custo alto da matéria prima e por não estarem conseguindo repassar nos preços. Resultado: encerrei as posições, fiquei xingando os caras após altas de praticamente 50% no início de 2008, mas depois pudemos ver que havia sido o último suspiro. Fui voltar somente em Gerdau no fundão de 2011, e mesmo assim com participação bem menor que antes. Depois fui aprender que o setor é cíclico.
      Mas se tivesse seguido somente os balanços, o sinal de saída teria sido dado praticamente no fundão da década com bastante prejuízo.

      Então talvez um stop gráfico seja uma boa ideia, principalmente nos setores cíclicos. Mas com o cuidado de não voltarmos pra velha história dos trades e do gira-gira da carteira.


      Outro aspecto que venho observando e aprendendo nesses anos todos é que quando tal situação ocorre, muitas vezes nossos critérios estavam deixando a desejar.

      Outro exemplo real, mas de insucesso:
      - Gafisa eu vinha carregando desde 2009, ela entrava nos meus critérios, e só foram deteriorados naquele prejuízo imenso no 4T2011. Foi quando caí fora imediatamente com um baita prejuízo no ativo.
      Porém revendo os critérios, sempre existiram outras empresas do mesmo setor com margens, adm. e governança muito melhores, como: Eztec, Brasil Brokers, Helbor. Então porque fui escolher essa p0rr@!...
      Depois tentando aprender fluxo de caixa assisti ao video do Bastter falando dela e o forte sinal dado em 2009 que algo não ia bem, e que a conta seria cobrada mais tarde, como realmente foi... Enfim, sempre aprendendo, estudando e nos aprimorando.


      Seja qual for o motivo do nosso erro, ou erro da empresa (...rsrs). O que realmente atrapalha é a entrada no ativo de uma só vez. Ajudaria muito a enfrentar tudo isso se entrarmos gradualmente com os recursos provenientes da nossa atividade principal, dos proventos recebidos das empresas e também da remuneração com venda coberta (quando for aplicável).

      Esses aportes periódicos no caso do "holder", somados aos aportes "de graça" com os ajustes do hedge direcional, no caso do "Hedger" vão nos colocar numa situação de preço médio muito confortável conforme o tempo vai passando.

      Junte isso ao fato de que boas empresas estão sempre dando lucros, que as cotações vão acompanhando esta alta, some uma boa DIVERSIFICAÇÃO e teremos tempo e tranquilidade pra nos aprimorarmos enquanto o patrimônio vai crescendo.
      Mas ninguém falou que era fácil!...rs

      SDS


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  2. Exato Rocky.
    Ótimas colocações, sobretudo os exemplos.
    O lance que vc comentou da consultoria, um tema bem interessante.
    E os caras estavam certos, no final das contas...
    Eu aprendi bastante sobre o assunto de fundamentos empresariais.
    Fui a fundo e aprendi que fundamentos não se resume a um p/l atrativo.
    Resolvi armar uma boa posição em Eletropaulo. Pois estudei bem a empresa, seu setor e suas eficiências, embora tivesse problemas. Veio o governo e deu sua tesourada.
    Nesse ponto vi que precisaria me reciclar, e que "a guerra nunca esteve perto de ser vencida."
    O meu maior erro, foi minha concentração de capital. Mas meu projeto era de ter uma boa posição nela a LP, por achar uma empresa que gerava alto lucro. Enfim, mais um aprendizado, de que a moeda realmente tem 2 lados. Fica o caso para ajudar a quem lê.

    O gira gira de carteira também me preocupa, como vc falou.
    Te interessa que lhe envie o estudo que tenho (ainda por incluir mais empresas), pra vc dar sua opinião?
    Gostaria de sua franqueza, pra saber o que pensa.

    Um abraço!

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    1. Interessa sim Leandro, envie no meu e-mail pra eu dar uma olhada.

      Abrc

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  3. Sempre tive essa pulga atrás da orelha sobre como sair do ativo quando ela vira uma empresa ruim, pelo censo fundamentalista.
    E o pensamento estava igual o seu. Ela sempre está na bacia das almas.
    Por isso venho estudando alternativas para não cair aí.
    Afinal, nada é pra sempre nesta vida.
    Ainda não tenho nada definido.

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